segunda-feira, 7 de agosto de 2017

É A COMPLACÊNCIA...



Toda essa corrupção, desgovernos, preconceitos, enfim esse lixo que vemos nos noticiários está gritante diante de nossos olhos. Estamos chocados. Vale apena refletir.

Se veio á superfície é por que está saindo do esconderijo onde esteve por muito tempo. Portanto estamos vivendo um tempo de claridade e não de obscurantismo. 

Dói muito ver na luz tanta porcaria vindo à tona em vulcânica erupção de dimensões planetárias. Esse podre que esteve escondido por tanto tempo se apresenta aos olhos de todos nós

Uma faxina só se dá tornando visível o lixo. O que parece que assusta e espanta não são exatamente os fatos, mas a quantidade.

Mas temos que respirar, e ir limpando, não com gritos e lamentos, mas com exemplos e ações pessoais e grupais onde estivermos. Grandes movimentos abrangentes nesse momento não me parecem possíveis.

Penso que aparece uma dimensão de nossa complacência, eu diria histórica. É o que está se evidenciando. Uma complacência tão ampla que tem sabor de conivência.

Mas vamos que vamos!

2 comentários:

  1. michel, quer me parecer que a devastação é tão ampla geral e irrestrita que os meros fatos do dia a dia transmitem para as pessoas a mensagem da profunda inutilidade da ação...
    eu não vejo como conivencia e sim profunda e avasaladora impotencia... o que daria resultado? parar o pais? estruturalmente impossivel, e se fosse possivel, a que conduziria?
    ações pontuais coletivas? para desabafo, não para remediar o que se aoresenta como irremediavel
    me parece mais uma população em tempos de guerra: ouvir as noticias no radio, fazer fila para a comida, correrpara os bunkers quando ameaçam bombas... ou havia paradas - gerais ou pontuaus - durante as guerras?
    enquanto isso, felizmente, foi oossivel encontrar o violino perdido graças as redes da internet... ainda há esoerança

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  2. Quando falo em complacência falo de estar acostumado com posturas do tipo "as coisas são assim";"tem que ser esperto" . É complacência porque nós exercemos essas malandragens sem nos dar conta o quanto esses bordões podem e foram extrapolados.
    A naturalidade da compra e venda de favores tomou tal extensão e volume que acabamos produzindo um monstro.
    Pode-se comparar com a poluição. No início dos tempos jogar uma sujeirinha nas águas ou no ar não afetava muito o ambiente.Mas a quantidade de poluentes que se tem jogado nas águas e no ar está se voltando contra TODOS.
    Com a corrupção o mesmo. Tolerável (daí a complacência) até certo ponto e reproduzível "em certas condições" - segundo as normas pessoais e grupais.
    Só que as marolas viraram tsunamis e estamos agora nos afogando TODOS.
    Por isso penso que um caminho possível é o que Elisa Lucinda propõe em seus versos SÓ DE SACANAGEM, que lá pelas tantas diz:
    Só de sacanagem! Dirão: "Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba" e vou dizer: "Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau."
    Dirão: "É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal". Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal.
    Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!

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