sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O passar do tempo...

Velho, idoso, 3ª idade, senior, etc. Seja lá que nome encontrarem, inventarem ou preferirem, para mim não tem muita importância. Reconheço apenas que há gente que estanca, pára, fenece, encolhe, recolhe, deixa de experimentar, deixa de arriscar-se, deixa de sentir coisas novas, deixa de viver, ousar, e fica repetindo o que já sabe. Vai aos mesmos lugares, come as mesmas comidas, sente os mesmos cheiros, repete as mesmas palavras. Como não se relacionam mais com o que surge de novo no mundo têm sempre a sensação que estão perdendo, e que "antigamente era melhor".

São pessoas que deixam de "dar flor". Não fazem mais primaveras, só invernos.

Talvez o pior é que algumas dessas pessoas resolvem aconselhar constantemente os "jovens" a partir das experiências que viveram.

O terrível é que os meios de comunicação estimulam exacerbadamente o medo, noticiando de forma apaixonada desgraças. Convenhamos, medo vende. Vende proteção, seguros, vigilância, armas, e... remédios (pressão alta, úlceras, gastrites, desequilíbrios metabólicos etc). O excesso de medo paralisa. O excesso de medo sobretudo ENVELHECE, isola e busca ansioso aonde estão os perigos de VIVER.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ARTE da PRESENÇA

Um trabalho que envolve movimento corporal, música, interações, meditações, jogos e reflexões. Atua sobre o corpo, as emoções e formas de pensar, proporcionando maior plasticidade e capacidade criativa. Promove uma capacidade de realizar novas escolhas e incorporar novas formas de viver.

Segundas e Quartas de 19:30 às 21:00
Espaço D’eu Ser Tel: 2556 1490
Rua 2 de Dezembro, 19, fundos (próximo ao metrô Largo do Machado)


A realidade: juntos a criamos.


Nosso corpo reflete nossas crenças e opiniões, nossos sentimentos e pensamentos.
Nossos movimentos são fundamentos de nossa linguagem.
Além das palavras, a linguagem é composta por gestos, posturas, respirações, ritmos e olhares.
Toda essa linguagem, repetida cotidianamente, além de tornar-se nossa identidade, determina o que e como vivemos.
Ampliar a linguagem, o repertório de movimentos (gestos, posturas, respirações, ritmos e olhares) amplia a capacidade de viver, de nos relacionar com o mundo.


Benefícios
Físicos
Melhoria do sono
Melhoria geral do metabolismo.
Maior flexibilidade

Emocionais
Melhoria dos relacionamentos.
Desenvolvimento da afetividade

Mentais
Apuro nas orientações espacial e temporal

Geral
Integração dos aspectos físicos, emocionais e mentais




Se você olhar bem, a possibilidade do novo está sempre presente.





Coordenação – Michel Robim
Atua na área de desenvolvimento humano há 34 anos
Instrutor didata, formado em terapias psico-corporais, trans-pessoais e de desenvolvimento humano pela Fundação Rio Abierto, Buenos Aires, Argentina
Terapeuta Comunitário formado pela Universidade Federal de Ceará.
Cursou a formação em Terapia de Família – Abordagem Sistêmica (Instituto NOOS /Multiversa - RJ).
Professor MBA Faculdade Celso Lisboa
Coordenador de projetos sociais. Ministra cursos e vivencias sobre temas referentes a saúde, arte, educação e desenvolvimento humano e social, no Brasil e no exterior (Argentina, Uruguai, México, Itália, Espanha e Rússia). Autor do Livro “Tornando-se Dançarino – Como Compreender e Lidar com Mudanças e Transformações” – Editora Mauad novembro 2004

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Poder Criador

O Poder Criador

Paulo Freire : “ O mundo não é, o mundo está sendo”

Vivemos sob a hipnose de que os acontecimentos e eventos não dependem de nós, que a realidade é inexorável, que a possível intervenção sobre ela se dá por caminhos já conhecidos (políticos, revolucionários, reivindicatórios, intervencionistas, reformistas, etc.). Desconhecemos, sobre tudo na prática, nossa capacidade de criar a realidade, e por outro lado não percebemos como estamos imersos em uma atmosfera educacional e cultural que limita e condiciona nossa percepção, e portanto, nossa ação sobre a realidade. Simplesmente gostamos ou não gostamos de determinadas coisas, as aprovamos ou não, isto porque se encaixam ou não em nossas teorias, idéias e princípios, sempre colhidos de uma fatia da realidade. Raramente nos abrimos para o que está a nossa frente, quase nunca nos permitimos experimentar, já que no experimentar corremos o risco do ridículo, do desconcerto, do estranhamento e outras desconfortantes sensações. Estamos quase sempre comparando o que nos cerca com o que já sabemos.
De fato o “original” é inicialmente considerado “louco” ou “infantil”. A atitude criadora é fundamental, e não é necessariamente, à primeira vista, espetacular. Pode ser discreta, incompreensível, pequena, mas o aspecto mais marcante é seu sabor. A sensação é de amplificação interna. O que é sempre acompanhada de um “sorriso da alma”.
É necessário perceber que criamos realidades em grupo, em conjunto. O que acreditamos existir, multiplicado por muitos e repetido por algum tempo passa a ser realidade, ou melhor, passa a existir em um nível tangível pelo grupo que nelas acreditam. As realidades necessitam reforço constante para existirem. Requerem alimento e “renovação de votos”. A mudança de realidade não funciona por mero capricho. Ao nível individual não é um “por que eu quero” que mudará as coisas, tem que vir de um ponto mais íntimo do ser. Tem que ter um gosto de desejo intenso, fervoroso, como o desejo que as crianças vivem. Tem que ter um sabor de “eu mereço”, “eu acho justo”, não em uma avaliação e construção intelectual, mas envolvendo a emoção, ou em outras palavras, com a alma acesa. Há que haver uma sensação de que o desejo estará em paz com as muitas outras partes de mim.
Esta postura vivida desta forma e conjugada em grupo é poderosa. É capaz de criar as realidades que desejamos.