sexta-feira, 7 de abril de 2017

tristeza em transito

È tanta tristeza que subitamente minha criança toma conta e faz brotar o pedido
Mãe me ajuda
Repito baixinho várias vezes tirando do baú do coração a frase coberta de poeira e vergonha:
"Mãe me ajuda...”
Uma vez ,
Outra vez...
E a frase vai se tornando intensa ,
Tão real que a vergonha some e a poeira do esquecimento se esvai
 A criança se expõe total e as lágrimas escorrem abundantes

Não me recordo de tristeza tão forte
 Minha fragilidade trepida diante de pensamentos simples, de  paisagens banais, de diálogos displicentes, de meros tons de voz
O pedido de ajuda retumba no peito
Minha garganta boba quer controlar, mas a tristeza teima em saltar pelos olhos.
Em meu caminho na rua me dou conta quer há uns que percebem essas quase lágrimas pedestres
São as que olham e veem os outros
Segundos depois me escondo entre aqueles que trafegam mergulhados no passado ou ensaiando futuros
Desejo queridos no meu presente.
Quero que vejam minha tristeza
Quero ser recebido, acolhido, posto no colo.

Quero um cafuné macio e feminino.

Um comentário:

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