domingo, 14 de abril de 2013

Amor, doença e morte


Entendo que o amor é natural, não exige prova (de amor). É nossa realidade estrutural. Somos amor. Ocorre uma hipnose coletiva que inventou que amor é uma substancia que se tem ou não, que se acumula. Que se dá ou se retira. Que se merece ou não.
Não se pode negar amor ao outro. O que se pode negar, bloquear é atenção, proteção, cuidado.
Para abster-se desses gestos naturais de carinho, atenção e cuidado é necessário gastar energia, consumir-se. É simplesmente o mesmo que deixar de cuidar de uma parte de nós mesmos.  Isso consome enorme quantidade de energia: desviar-se de realizar estes gestos naturais, expressões do amor que somos: proteção, cuidado, atenção, etc. Ações contra nossa natureza profunda.
Essa é a razão básica de nossas doenças e eventos que geralmente consideramos negativos.
Por outro lado me parece que só se comete essas ações “contra nós mesmos” quando, de alguma maneira, nos sentimos feridos e/ou perdidos. Aí nos encolhemos e nos fechamos para o mundo. Uma vez fechados é comum ”concluirmos” infantilmente que o mundo é que se fechou para nós. No entanto o mundo é paciente e ternamente espera que nós nos abramos de novo e nos integremos a ele. Como nossa constituição é de conexão com o Todo (Amor) buscamos formas (às vezes inconscientes) de recuperar essa conexão. A doença é uma das formas de busca de re-conexão. O sofrer experiências desagradáveis também Na doença, assim como nas situações limites, somos impedidos de seguir com a maneira que seguíamos. Impõem-se novos comportamentos, posturas. Buscamos ajuda de pessoas, animais, plantas, objetos, e substâncias, na verdade buscamos a re-conexão com o Todo que é exercer o AMOR de forma mais plena.
Se não conseguirmos fazê-lo de maneira alguma, então morremos para nos desfazer, dissolver, e nesse processo voltar a nos re-conectarmos com o Todo.

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