segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Solidariedade e Prevenção

Solidariedade e prevenção 
Somos um povo incrivelmente solidário na desgraça e imensamente irresponsável na prevenção destas desgraças. É comum assim que o “incêndio” se apaga, e após calorosamente buscarmos os culpados, depois do empurra-empurra, cansados e desmemoriados, em seguida voltarmos aos mesmos erros que darão origem às futuras tragédias.
A violência cometida, por pessoas ou pela natureza, poderia ser vista de forma didática como uma função que exige que as pessoas mantenham-se acordadas e presentes, impedindo-as de acharem que as coisas estejam garantidas e levando ao questionamento de nossas posturas de avestruz.
Essas violências deveriam estar nos despertando e provocando várias reflexões. Dissolvendo (e haja água) idéias do tipo “só quero viver em paz” ou “me deixem seguir meu caminho” e outras formas bem comportadas de alienação e isolamento.
Que sono profundo é esse sob o qual hipnoticamente vivemos? É um sono a meu ver embalado por imediatismos históricos, corrupção, amnésias convenientes e regados a discursos moralistas vazios.
Certamente o despertar de quem tem dificuldade de acordar só se dá com vigorosas cutucadas e, se o sono for pesado, estas sacudidas precisarão ser mais fortes.
Quão mais fortes?

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