Nestes últimos
tempos tenho pensado/sentido algo que se aclarou a partir de um vídeo postado
no facebook onde um professor de capoeira toma nos braços um menino com
paralisia cerebral e "luta" com ele. Isso estava sob a égide
"inclusão". Mas esse vídeo me fez refletir sobre um outro aspecto. É
fácil ver o gesto do professor como algo de grande generosidade, e de tal modo
ficamos fascinados que deixamos de perceber a importância do "gesto"
do menino, ou seja, dele ser um veículo para o exercício do professor e nosso,
espectadores, de passar por sentimentos, emoções e vivências que necessitamos
para nosso enriquecimento interior e plenitude. Explico-me. Percebo que vivemos
a ilusão de que existem seres “fracos” e “frágeis” por um lado e “fortes” e
“enérgicos” por outro. São pessoas que classificamos segundo algum padrão
instituído que hipnoticamente aceitamos como verdade irrefutável.
Começo a cansar-me
das fronteiras das "classes" ou grupos: sejam eles de "homens",
"mulheres", "crianças", "idosos", "com
deficiência", "negros", "gays", "lésbicas", "heteros",
"trans", "animais" e até “paisagens”. Ao agrupar estas
expressões de vida, enunciá-las em grupos e buscar caracterizá-las nos
arriscamos a reduzi-las, e de certa forma segregá-las. É ficar separando-as do
Todo e da incrível surpresa e mistério das interações que se produzem entre
todas estas formas.
Admito apenas criar
adjetivos e contornos dinâmicos, evitando engessar as fronteiras dos seres.
Tenho passado a ver
tudo e todos, seres e coisas em seus percursos como sistemas por onde
perpassa a Vida isento de adjetivos e classificações. Na medida em que aceito
isso dou espaço para a ocorrência de eventos que chamo de milagres, e que
podemos definir como: os inesperados e surpreendentes resultados da interação
entre as diferentes manifestações de VIDA.
Concordo Michel e procuro me orientar no sentido de perceber as forcas interiores de cada pessoa e do "sistema" do qual ela é membro. A abordagem terapeutica de constelacoes sistemicas demanda esse tipo de "olhar" e tenho observado surpreendentes transformacoes e curas da alma de pessoas e de seus sistemas. Um ex. Pessoal: ha anos atras, depois que consegui olhar para minha mae de 85, conteplando-a na sua fortaleza interior, passou a ser possivel interagir com ela "de igual para igual" com profundo respeito mutuo. Ela passou a me ver de um modo totalmente novo e passou a assumir com destemor suas condicoes de saude, contando com o apoio nosso, filhos, mantendo-se na sua grandeza! Foi lindo e surpreendente! Crescemos interiormente todos.
ResponderExcluirConcordo Michel e procuro me orientar no sentido de perceber as forcas interiores de cada pessoa e do "sistema" do qual ela é membro. A abordagem terapeutica de constelacoes sistemicas demanda esse tipo de "olhar" e tenho observado surpreendentes transformacoes e curas da alma de pessoas e de seus sistemas. Um ex. Pessoal: ha anos atras, depois que consegui olhar para minha mae de 85, conteplando-a na sua fortaleza interior, passou a ser possivel interagir com ela "de igual para igual" com profundo respeito mutuo. Ela passou a me ver de um modo totalmente novo e passou a assumir com destemor suas condicoes de saude, contando com o apoio nosso, filhos, mantendo-se na sua grandeza! Foi lindo e surpreendente! Crescemos interiormente todos.
ResponderExcluir