Entendo que o amor é natural, não
exige prova (de amor). É nossa realidade estrutural. Somos amor. Ocorre uma
hipnose coletiva que inventou que amor é uma substancia que se tem ou não, que
se acumula. Que se dá ou se retira. Que se merece ou não.
Não se pode negar amor ao outro.
O que se pode negar, bloquear é atenção, proteção, cuidado.
Para abster-se desses gestos
naturais de carinho, atenção e cuidado é necessário gastar energia,
consumir-se. É simplesmente o mesmo que deixar de cuidar de uma parte de nós mesmos.
Isso consome enorme quantidade de
energia: desviar-se de realizar estes gestos naturais, expressões do amor que
somos: proteção, cuidado, atenção, etc. Ações contra nossa natureza profunda.
Essa é a razão básica de nossas
doenças e eventos que geralmente consideramos negativos.
Por outro lado me parece que só
se comete essas ações “contra nós mesmos” quando, de alguma maneira, nos
sentimos feridos e/ou perdidos. Aí nos encolhemos e nos fechamos para o mundo.
Uma vez fechados é comum ”concluirmos” infantilmente que o mundo é que se
fechou para nós. No entanto o mundo é paciente e ternamente espera que nós nos
abramos de novo e nos integremos a ele. Como nossa constituição é de conexão
com o Todo (Amor) buscamos formas (às vezes inconscientes) de recuperar essa
conexão. A doença é uma das formas de busca de re-conexão. O sofrer experiências
desagradáveis também Na doença, assim como nas situações limites, somos
impedidos de seguir com a maneira que seguíamos. Impõem-se novos
comportamentos, posturas. Buscamos ajuda de pessoas, animais, plantas, objetos,
e substâncias, na verdade buscamos a re-conexão com o Todo que é exercer o AMOR
de forma mais plena.
Se não conseguirmos fazê-lo de
maneira alguma, então morremos para nos desfazer, dissolver, e nesse processo voltar
a nos re-conectarmos com o Todo.
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