È tanta tristeza que
subitamente minha criança toma conta e faz brotar o pedido
Mãe me ajuda
Repito baixinho várias
vezes tirando do baú do coração a frase coberta de poeira e vergonha:
"Mãe me ajuda...”
Uma vez ,
Outra vez...
E a frase vai se tornando intensa ,
Tão real que a
vergonha some e a poeira do esquecimento se esvai
A criança se expõe total e as lágrimas escorrem abundantes
Não me recordo de
tristeza tão forte
Minha fragilidade trepida diante de
pensamentos simples, de paisagens
banais, de diálogos displicentes, de meros tons de voz
O pedido de ajuda
retumba no peito
Minha garganta boba quer
controlar, mas a tristeza teima em saltar pelos olhos.
Em meu caminho na rua
me dou conta quer há uns que percebem essas quase lágrimas pedestres
São as que olham
e veem os outros
Segundos depois me escondo
entre aqueles que trafegam mergulhados no passado ou ensaiando futuros
Desejo queridos no meu
presente.
Quero que vejam minha
tristeza
Quero ser recebido,
acolhido, posto no colo.
Quero um cafuné macio
e feminino.
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