Sinceramente, não luto por nada. Faço
o que me deixa feliz. Uma das coisas que me deixa feliz é estar junto com os
jovens e levar a eles as perguntas que tenho de modo que juntos encontramos novas respostas, novos caminhos que em geral me surpreendem.
Levo a eles meus incômodos e a
necessidade de estar presente. É esse presente (em todos os sentidos) a maior dádiva que recebo deles.
São, sobretudo, aqueles em
situação desfavorável os que trazem olhares e expressões sem adornos, diretos e
retos.
Eles são minha “salvação”, pois percebo
que estou sujeito a me prender a algumas visões e enunciados (mesmo que bem
intencionados) muitas vezes caducos.
São as surpresas e o inédito que
me mantém desperto e presente.
Este contínuo desafio me encanta
e me dá lugar no mundo.
A hipnose da competição gera um prazer que é derivado de
ações e conquistas isoladas e individualistas. Esse prazer dura pouco, e se desfaz logo. Gera
ansiedade porque requer mais conquistas e ações. Quando algo é feito junto, com
o sentimento de união, há a geração de alegria para muitos. O prazer se mantém
por um longo tempo. Sustentabilidade também é sentimento.
No trabalho que proponho a jovens em comunidades a paisagem que se forma é de ganho, de participação, de construção de elos, de cumplicidades e de respeito mútuo. Que outra palavra sintetiza isso se não ALEGRIA?
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